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Olivoturismo e romantismo

A oliveira como vínculo turístico nos passos de Garrett e de Herculano
(ideal para um fim-de-semana prolongado)

Viva a experiência: Texte

Dia 1

Museu do Campo Fernando Peralta, Vale de Santarém
A vida num Portugal profundamente rural ou o bucolismo que atracou Garrett

Para o turista oriundo do aeroporto de Lisboa, propõe-se a vinda a Vale de Santarém de comboio (desde a estação de Santa Apolónia ou do Oriente até à de Vale de Santarém). 


Da estação de Vale de Santarém ao Museu do Campo : trajecto em velocípede ou veículo partilhado (c.f. locomoção sustentável).


Intencionamos proporcionar ao turista uma primeira viagem no tempo através da imersão nas técnicas agrícolas até há meio século praticadas na região do Vale do Tejo. Encontram-se expostas no museu  tratores, oficinas de carpinteiro, de ferrador, lagar de azeite entre outras expressões do quotodiano rural ribatejano. Aprovetar-se-á tal exposição para a abordagem do modus operandi da fabricação de azeite, mantendo o suspense para o terceiro dia (Vale de Lobos). 


Poderá propor-se uma restauração local ou um piquenique tendo em conta a beleza paisagística. Do mesmo modo, será proposto um alojamento local com o intuito de promover a economia local (priorizar alojamento local). 

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Dia 2

Santarém pelas páginas de Garrett e de Herculano
Uma viagem ao século XIX ou o Romantismo revisitado

É possível a vinda a Santarém em transporte público, de automóvel ou até velocípede. Ter-se-á em conta a distância da estação de Santarém ao Jardim das Portas do Sol.
O percurso quer-se efectuado da parte da manha para proporcionarao turista uma deambulação livre pelo centro histórico da cidade. É incentivado a demorar-se e/ou visitar na sua íntegra um dos seguintes locais : a Casa Museu Passos Canavarro, o Centro de Interpretação Museológico Urbi Scallabis.

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Excerto da obra Viagens na Minha Terra, cap. 28, por Almeida Garrett. Inscrição epigráfica no quarto onde pernoitou o romancista a 18 de Julho de 1843, Casa-Museu Passos Canavarro.

Etapa 1 : Jardim das Portas do Sol


    1)Interpelação da sumptuosa beleza da paisagem ao turista (estrada de Alfange, Tejo e Ponte de D. Luís, planície, núcleo museológico). Delineação dos «elementos-gatilho», naturais, fulcrais para a construção do roteiro (eixo fluvial, lezíria, olival).

Presença da árvore milenar : prextexto explicativo para história da evolução da cidade (sucessivas instalações de povos, acampamentos).

Sendo o jardim dotado de uma área relativamente vasta e havendo uma carga considerável de informação a comunicar, proceder-se-á à uma ocupação progressiva do espaço sincopada com a distribuição harmoniosa do saber.

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    2)Literaturiedade da etapa. Estupefacçao garrettiana perante a paisagem da Alcáçova da qual o olival é inexoravelmente parte integrante 


    3)Transição : pernoita de Garrett na Casa Passos Canavarro constituirá, precisamente, a próxima paragem da visita.

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 In Viagens na Minha Terra, cap.7, ALMEIDA GARRETT

Etapa 2 : Casa Museu Passos Canavarro 


    1)Imortalizada, descrita, na obra excélcia de Garret : Viagens na Minha Terra. Escrivaninha e cama visíveis. Quarto onde ainda hoje dorme - e, aliás, nascera até - o prprietário do local, o Senhor Pedro Passos Canavarro.

Local onde pernoita Garrett e se delumbra com a paisagem santarense. 

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    2)Literaturiedade da etapa: Explicação do convite a Garrett e do contexto político-social epocal.

Quem foi Manoel Passos Canavarro ? 


    3)Transição : Porquê a casa Passos Canavarro ainda hoje ? Qual o interesse deste local para o turista contemporâneo ? 

Mimi Fogt (1923,Paris-2005, Algarve), nome pouco conhecido da pintura francesa do séc. XX ; escolhe instalar-se em Portugal pela leitura de Queirós !

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Segundo o Senhor Pedro Canavarro, a sua casa é «um sítio onde tudo tem história» ! O que prova bem que nesta cidade, cada recanto mais recôndito está repleto de história ! 

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 In Viagens na Minha Terra, cap.28, ALMEIDA GARRETT

Etapa 3 : Igreja de Santa Maria da Alcáçova


    1)Apresentação do edifício. Contextualização : séc. XIX // época contemporânea.


    2)Literaturiedade

Santarém era então «a capital do vandalismo» em referência antitética à «capital do gótico» como outrora fora galardoada.

C.f pano de fundo revolucionário liberal 

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    3)Transição : semelhante estado de deterioração do Convento de São Francisco com o qual se depara o escritor. 

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 In Viagens na Minha Terra, cap.48, ALMEIDA GARRETT

Etapa 4 : Convento de São Francisco (Igreja e claustro)


    1)Introdução arquitectónica ao edifício (gótico mendicante + intervenções : manuelino, renascentista) ; chamada de atenção para a rosácea restaurada já  no séc XXI ; 


    2)Literaturiedade : quarto onde repousava, doente, o principal personagem garrettiano das Viagens.​

Claustro do Mosteiro - Carta de Gil Vicente aos frades em defesa dos judeus isentos de responsabilidade pelo terramoto que abala a cidade em 1531.

C.f. icono - Complicação das obras de Gil Vicente 

Importância real : Joao II chega a ali ser coroado : pano de fundo rebulício político-social (ausência de D. João V d território nacional).

Associação evocação reinado D. João II de Portugal // episódio Frei Luís de Sousa (imortalizado numa peça epónima de Garrett Frei Luís de Sousa) e Dona Madalena de Vilhena (casada enquanto o seu marido se encontrava ainda vivo após julgado morto depois da batalha de Alcácer Quibir)

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    3)Transição : Frei Luís de Sousa - segundo Herculano, «o principal entre os nossos escritores clássicos»; «o mais perfeito prosador da lingua portuguesa», segundo Garrett.

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Etapa 5 : Jardim da Liberdade

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Depois de quatro etapas literária e historicamente enriquecedoras, convém propôr ao turista um momento de «liberdade» num jardim que apela à mesma (fotografias, lanchezinho, café, deambulação arbitrária, souvenirs, etc).

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Etapa 6 : Igreja de São João do Alporão 

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Não será revelada a totalidade do conteúdo da vista, bem como dos excertos literários que a acompanham e que a ela estão associada para suscitar ao leitor-turista a vontade de efectuar connosco esta apaixonante viagem romântica pelas letras e pelas ruas de Santarém ! 

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Etapa 7 : Igreja de Santa Maria da Graça


Imprimir-se-á no imaginário do turista a paisagem escalabitana que outrora acolhera a Garrett e, pouco anos mais tarde, a Herculano. Alastraremos assunto para suscitar interesse pelo percurso do dia seguinte, a saber, a visita dos olivais e dos aposentos de Herculano na Quinta do Vale de Lobos em Azòia de Baixo.

Convidamos (e insistimos), mais uma vez, à contemplação da paisagem ribatejana : da imponência da lezíria, do outrora abastado caudal fluvial e da sua crucialidade para a subsistência da população. Tais reflexões constituirão matéria de entrada para as explicações do dia seguinte. 

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Dia 3

Visita da Quinta de Vale de Lobos, Azóia de Baixo

O exílio herculaniano ou a hercúlea tarefa de cuidar do olival 

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